terça-feira, 22 de setembro de 2009

Irrigação por aspersão convencional

SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO POR ASPERSÃO
Guilherme Augusto Biscaro

ASPERSÃO CONVENCIONAL

A aplicação de água nos sistemas de irrigação por aspersão se faz pela divisão de um ou mais jatos de água em uma grande quantidade de pequenas gotas no ar, que caem sobre o solo na forma de uma chuva artificial. A passagem de água sob pressão através de orifícios de pequena dimensão é o que causa o fracionamento do jato. Com o auxílio, via de regra, de um sistema de bombeamento, a água percorre um conjunto de tubulações gerando a pressão necessária para acionar os aspersores.

O aspersor é o mecanismo responsável pela pulverização do jato de água.

Entre as principais vantagens apresentadas por esse método destacam-se a não-exigência de um processo de sistematização do terreno, a disponibilidade de maior área cultivável (ao contrário da irrigação por superfície não há perda de área), o fato de não possuir restrição quanto ao horário de aplicação e não causar problemas de erosão do solo.

As desvantagens da aspersão são: o elevado custo inicial, a susceptibilidade à interferência de aplicação devido ao vento, as elevadas perdas por evaporação da água diretamente do jato fracionado e a exigência de um sistema de motobomba com elevada potência, dependendo da área a ser irrigada. Também ocorre que, como os sistemas de aspersão molham uma considerável área do terreno, há o favorecimento da ploriferação de ervas daninhas e, devido à força do impacto da gota sobre a superfície solo, o mesmo pode apresentar selamento superficial.

Dentro do método de irrigação por aspersão, existem o sistema convencional portátil, o sistema convencional permanente e os sistemas mecanizados.

SISTEMA CONVENCIONAL PORTÁTIL:

Um sistema portátil de aspersão é caracterizado pela possibilidade de movimentar o equipamento de um local para o outro, conforme a necessidade de irrigação, quando não há tubulações, acessórios e aspersores em quantidade e extensão suficientes para abranger toda a área irrigada.





Pode ser classificado em totalmente portátil e em semiportátil. No primeiro o sistema é totalmente movido de um local para o outro. No outro, pode-se dispor de uma linha principal enterrada com hidrantes dispostos na superfície em cada ponto de mudança da linha lateral.

Para obter maior uniformidade de aplicação ao longo da linha lateral, a mesma deve estar disposta, quando possível, em nível, de acordo com o terreno. A linha principal deve se encontrar no sentido da declividade, seja em aclive ou em declive.


SISTEMA CONVENCIONAL PERMANENTE

Diferentemente do sistema portátil, no sistema permanente as tubulações são fixas e não movidas de um local para outro, cobrindo simultaneamente toda a área irrigada. Pode-se dividir esse sistema em totalmente permanente, no qual as canalizações são enterradas e cobrem toda área, e parcialmente permanente, no qual as canalizações são portáteis e cobrem toda a área irrigada.



Como não há movimentação de tubulações de um local para outro, teoricamente seria mais fácil irrigar toda a área de uma só vez. Porém, isso acarretaria na demanda de uma grande quantidade de água em um determinado momento, o que pode não ser viável. Outro problema seria a necessidade de tubulações de diâmetro muito elevado, aumentando em demasia o custo do sistema.


Pode-se dividir então a área em parcelas, que serão irrigadas sequencialmente de maneira a cobrir toda a área ao final do ciclo, para reduzir os diâmetros das tubulações.




Autorizado por: Guilherme Augusto Biscaro

Fonte: BISCARO, G. A. Sistemas de irrigação por aspersão. Dourados, MS: Editora UFGD, 2009. 134p.

domingo, 20 de setembro de 2009

Imagens de irrigação

Aqui vão fotos de irrigação achadas na internet, ilustrando diversos sistemas de irrigação:



Irrigação por pivô central


Aspersão convencional


Gotejamento



Microaspersão


Microaspersão em pomares


Vista aérea, irrigação por pivô central



Fontes respectivas por foto: http://www.globo.com/, http://www.aceav.pt/, http://www.agrovisao.com/, http://www.gramados.net/, http://www.worldpress.com/, http://www.valley-pt.com/.

Irrigação

Irrigação é uma técnica utilizada na agrilcultura que tem por objetivo o fornecimento controlado de água para as plantas em quantidade suficiente e no momento certo, assegurando a produtividade e a sobrevivência da plantação. Complementa a precipitação natural, e em certos casos, enriquece o solo com a deposição de elementos fertilizantes.


O surgimento da irrigação foi fundamental ao florescimento da civilização, e os galhos de produtividade agrícola permitidos por ela são, em grande parte, os responsáveis pela viabilidade da alimentação da população mundial.


No entando a irrigação também apresenta perigos ambientais. Deve ser utilizada com critério e consciência ecológica, pois um sistema mal-planejado pode causar sérios desastres ambientais. Alguns dos maiores desastres ambientais da história são oriundos de projetos de irrigação mal projetados, como foi o exemplo do secamento do Mar de Aral, ocorrido devido ao mau planejamento feito pelos soviéticos.


Além de problemas gerados pela escassez das águas mal administradas, outro dano grave gerado pelo manejo incorreto da irrigação é a salinização. Nas regiões áridas e semi-áridas irrigadas, a salinização do solo é um dos importantes fatores que afetam o rendimento dos cultivos, limitando a produção agrícola e causando prejuízos. Nessas regiões, caracterizadas pelos baixos índices pluviométricos e intensa evapotranspiração, a baixa eficiência da irrigação e a drenagem insuficiente, contribuem para a aceleração do processo de salinização, tornando estas áreas improdutivas em curto espaço de tempo.


No Brasil, antes de iniciar a construção de sistemas de irrigação, a legislação obriga os produtores a consultar as prefeituras locais, de forma a poder verificar se existem restrições ao uso de água para irrigação. Dependendo da região, obter uma autorização pode ser virtualmente impossível. Se o agricultor constrói o sistema à revelia, sem consulta aos órgãos públicos, corre o risco de ver a obra embargada e ter seus equipamentos confiscados, além de estar sujeito a multas.



Foto: Esalq/USP.

Economia de água

Muitos já sabem que uma irrigação bem feita é sinônimo de economia de água. Mas o desperdício desse bem tão valioso começa dentro de nossas casas e com apenas alguns cuidados e mudanças de hábitos podemos fazer uma diferença grande no consumo dele:

Banheiro: escovar os dentes durante 5 minutos com a torneira aberta consome 12 litros de água. Se você só usar a água pra enxaguar a boca e molhar a escova vai gastar somente 0,5 litro no máximo. Aquela água que fica escorrendo enquanto você escova poderia ser usada para quase 1 mês. O mesmo vale para fazer a barba, se você fizer um tanquinho na pia do banheiro, ao invés de usar água corrente, poderá economizar 10 litros para cada barbeação.

Evitar demorar no banho é algo que nossas mães nos ensinam desde pequenos. Um banho de ducha de 15 minutos chega a gastar 135 litros de água, se você fechar a ducha pra se ensaboar e reduzir o tempo do banho em 5 minutos, poderá gastar apenas 45 litros, mais ou menos a terça parte do que gastava antes.

Cozinha: 15 minutos lavando louças, gastam-se 117 litros de água. O ideal é encher a pia de água e ir ensaboando, depois somente enxaguar.

Lavando roupas: uma lavadora de roupas com capacidade de 5kg chega a gastar 135 litros de água. Lavar roupa no tanque por 15 minutos consome 279 litros. Por isso o ideal é acumular roupas pra lavar, usando a capacidade máxima da lavadora, ou no caso do tanque acumular água na cuba e depois ensaboar e enxaguar. A água resultante destas lavagens pode ser usada pra limpar o quintal de casa ou a calçada da frente.

Regando o jardim: num blog sobre irrigação devemos apoiar o uso de sistemas de irrigação de jardins eficientes e econômicos. Mas para aqueles que ainda preferem regar o jardim com a clássica mangueira jorrando água para todos os cantos aqui vai uma dica: prefira irrigar o jardim à noite ou de manhãzinha. Dessa maneira a água irá evaporar menos por causa da temperatura e você vai estar economizando a água que você paga.

Lavando o carro: lavar o carro com mangueira por 30 minutos pode chegar ao gasto de 560 litros de água!!!! Com um balde de 10 litros ensaboando e enxaguando o carro você vai consumir apenas 40 litros.

Limpando a calçada: limpar a calçada com água é um crime quando já foi criada a vassoura que possui o mesmo efeito na limpeza. Você estará economizando 280 litros de água a cada 15 minutos.

Vazamentos: um vazamento por um buraco de 2mm no encanamento pode chegar ao desperdício de 2100 litros por dia!!!! Isso equivale a 3 caixas d'água.

Conclusão: se apenas uma dessas práticas já causa uma enorme diferença no consumo de água, imagina a combinação delas. Consumir água com responsabilidade é algo que faz bem pro bolso e para a sustentabilidade do planeta.


Fonte consultada: www.sindiconet.com.br